O tratamento de reprodução humana com a Doação de Óvulos, também denominado Ovodoação, é um processo no qual a mulher recebe óvulos de uma doadora para realizar o sonho da maternidade. Via de regra, as doadoras são mulheres também em processo de tentar engravidar, mas que apresentam bom número de óvulos e se dispõem a doar solidariamente.
Igualmente à Doação de Espermatozoides, a Doação de Óvulos é regulamentada pela Resolução nº 2.121 do Conselho Federal de Medicina (CFM) a qual estabelece, dentre outros aspectos, o sigilo da identidade dos doadores e receptores. Além disso, para fins legais, considera-se a mãe dessa criança a mulher que o carregou no seu ventre e não a que forneceu o óvulo.
Para quem é indicada a Doação de Óvulos
A doação de óvulos costuma ser indicada para mulheres acima de 45 anos de idade, ou com perda da capacidade de produzir óvulos com qualidade suficiente para gerar o bebê e àquelas acometidas por endometriose, cistos ovarianos, menopausa precoce e infecções ou, ainda, pacientes submetidas a cirurgias ovarianas e tratamentos oncológicos. Casais homoafetivos formados por homens também podem receber Doação de Óvulos para serem fecundados com o sêmen de um deles e gerados no útero de uma gestante de substituição.
Passo a passo da Doação de Óvulos
O primeiro passo é agendar a consulta com um especialista para investigar minuciosamente a causa da infertilidade por meio de exames específicos, a exemplo do ultrassom transvaginal e histerossalpingografia, além de exames laboratoriais e hormonais.
Detectados quadros de comprometimento de ovulação ou nos casos de casais homoafetivos masculinos, pode-se optar pela adoção de óvulos de doadoras adquiridos em bancos específicos ou internacionais e em clínicas de reprodução assistida. Para tanto, deve-se escolher o óvulo com base nas características da doadora, como tipo sanguíneo, cor da pele, cabelos, olhos, raça, origem, peso, altura, para garantir a semelhança entre a criança e a mulher. Histórico genético e doenças hereditárias também são critérios de escolha.
Concluída essa etapa, os óvulos doados, juntamente aos espermatozóides coletados do homem por masturbação, podem ser usados na Fertilização in Vitro (FIV). Paralelamente, a receptora será acompanhada a partir do início do ciclo menstrual com a finalidade de preparar seu útero para receber o embrião originado deste procedimento. importante é que os ciclos menstruais de ambas coincidam, algo facilmente realizado com medicações. Caso os ciclos da doadora e da receptora estejam sincronizados os embriões podem ser transferidos a fresco. Outra opção é transferirmos os embriões previamente congelados, para o útero da doadora em um ciclo subsequente. Dessa maneira, o bebê é gerado no útero da paciente, contendo carga genética do marido e da doadora.
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Ginecologista, Obstetra, Especialista em Reprodução Assistida e Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, a Dra. Karyna Bustelo Saab realiza um criterioso trabalho para diagnosticar as causas da infertilidade e oferecer tratamentos adequados, sempre priorizando um atendimento integral e humanizado. Além disso, conta com a moderna infraestrutura do Centro de Fertilidade Saab, responsável pelo nascimento do 1º “bebê de proveta” do Paraná, ainda em 1986.