O tratamento de reprodução humana com a Doação de Espermatozoides é um processo no qual o casal recebe espermatozoides de um doador para possibilitar a paternidade a homens com algum comprometimento no sêmen que inviabilize a fecundação e, consequentemente, a gravidez, bem como para casais homoafetivos femininos e mulheres solteiras em busca da maternidade.
Igualmente à Doação de Óvulos, a Doação de Espermatozoides é regulamentada pela Resolução nº 2.121 do Conselho Federal de Medicina (CFM) a qual estabelece, dentre outros aspectos, o sigilo da identidade dos doadores e receptores. Além disso, para fins legais, o casal que buscou o tratamento de fertilização é considerado os pais da criança.
Para quem é indicada a Doação de Espermatozoides
Essa alternativa é indicada para casais cujo homem apresenta espermograma deficiente em número (abaixo de 5 milhões/ml) ou motilidade dos espermatozoides, esterilidade total, distúrbios genéticos ou doenças contagiosas e falhas consecutivas na reprodução assistida. Casais homoafetivos femininos e mulheres solteiras também podem se beneficiar da adoção de espermatozoides.
Passo a passo da Fertilização in Vitro
O primeiro passo é agendar a consulta com um especialista para investigar minuciosamente a causa da infertilidade por meio de exames específicos, a exemplo do espermograma completo, ultrassom das bolsas escrotais com doppler, além de exames laboratoriais e hormonais.
Detectada a inexistência de espermatozoides no espermograma e, em seguida, na punção e biópsia testiculares ou nos casos de casais homoafetivos femininos e mulheres solteiras, pode-se optar pela adoção de sêmen de doadores adquiridos em bancos específicos nacionais ou internacionais e em clínicas de reprodução assistida. para tanto, deve-se escolher o sêmen com base nas características do doador, como tipo sanguíneo, cor da pele, cabelos, olhos, raça, origem, peso, altura, profissão e hobbies. histórico genético e doenças hereditárias também são critérios de escolha.
Uma vez escolhido o sêmen, o material pode ser usado na inseminação artificial (intrauterina) ou fertilização in vitro, dependendo das condições de fertilidade da mulher. na inseminação artificial, o material é injetado no útero da mulher após a certificação de que houve a ovulação; já na fertilização in vitro ocorre a indução de ovulação e a retirada dos óvulos para que estes sejam fecundados em laboratório e, posteriormente, os embriões sejam transferidos ao útero da mulher.